Todos os anos a Igreja reserva o penúltimo domingo de outubro para celebrarmos o Dia Mundial das Missões. Neste ano Jubilar Missionário, será no dia 23. Esta iniciativa fomenta a cooperação missionária através da oração, sacrifícios e coletas em todas as comunidades para auxiliar o Santo Padre, o Papa, por meio das Pontifícias Obras Missionárias e do Dicastério para a Evangelização, nas atividades missionárias (cf. Mensagem de Sua Santidade Papa Francisco para o dia Mundial das Missões de 2022). A nossa colaboração alcança irmãos e irmãs nossos em todo o mundo, especificamente nas chamadas “terras de missão”, onde, talvez, fisicamente, jamais poderíamos estar. Isso também é missão! Santa Terezinha do Menino Jesus é padroeira das Missões sem nem sequer ter saído do seu Carmelo, mas, ainda assim, encarregou-se de rezar e realizar sacrifícios por elas.
Inspirados por este testemunho da padroeira das Missões, compreendemos que a dimensão missionária da Igreja não é um “algo a mais”, mas uma necessidade que faz parte de sua natureza. A Igreja é missão, existe para evangelizar. Todos nós batizados devemos sentir em nós esse impulso de viver a missão batismal a que fomos chamados. A alegria do Evangelho deve tomar conta do nosso coração, deve nos renovar e motivar-nos a comunicá-la incansavelmente (Evangelii Gaudium, n. 1-2).
Também em nossas comunidades locais precisamos estar atentos ao mandato missionário de Jesus (cf. Mt 28,19; Mc 16,15). Não se pode cruzar os braços diante dessa real necessidade de fazer que o anúncio do Evangelho chegue àqueles que ainda não foram evangelizados ou que por alguma circunstância específica abandonaram a fé. Nas Diretrizes da Ação Evangelizadora de nossa Igreja Arquidiocesana (2021-2024) elegemos como uma das prioridades do Pilar da Missão: “Criar, motivar e manter equipes de missionários em nível arquidiocesano, forâneo, paroquial e comunitário para dar assistência em missões, sobretudo nas comunidades rurais, periféricas, ambientais, e nos condomínios. Criação e fortalecimento dos Conselhos Missionários Paroquiais (COMIPA), Infância e Adolescência Missionária (IAM), Juventude Missionária (JM), Famílias Missionárias (FM) e Idosos e Enfermos Missionários (IEM) para auxiliar na articulação missionária e prezar por uma ação missionária simples, objetiva e direta, indo ao encontro da real necessidade dos fiéis” (DAEAMOC, n. 62) Portanto, é necessário ousadia de nossa parte. Não podemos permitir que o desânimo nos alcance e impeça nossos pés de serem ágeis para a missão.
Lembremo-nos que, por muitas vezes, alguém fez o “êxodo de si mesmo” e veio ao nosso encontro trazendo a alegria do Evangelho. Aprendamos, sejamos missionários e fomentemos a Missão. “Conversão missionária” é a chave para darmos passos significativos.
Equipe Arquidiocese em Missão
Arquidiocese de Montes Claros