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Conduzidos ao seio da Trindade

É belo estar à porta da igreja e observar as famílias chegando para a celebração e ali, o pai, a mãe ou mesmo a avó, tomar a mão da criancinha sob o umbral da porta e ensiná-la a traçar sobre si o sinal-da-cruz. Esse sinal, tão caro aos cristãos católicos, revela-nos o quanto estamos envolvidos no mistério da Trindade. Esse significativo gesto nos recorda do dia do nosso batismo: fomos marcados com o sinal da cruz de Cristo, e batizados em nome da Trindade. Indo mais além, tal gesto de acolhida, que fora feito pelo presidente da celebração, e em seguida pelo pais, padrinhos e algum membro da comunidade, levou-nos, a partir daquele feliz dia, a vivermos uma verdadeira koinonia – comunhão – na Igreja e no seio da Trindade.

Pela fé que professamos, somos levados a perceber que a Solenidade da Santíssima Trindade, celebrada sempre após o Domingo de Pentecostes, não se trata de uma festa vazia de sentido ou manifestação de um mistério incompreendido. Ao contrário, pela fé celebrada na e pela liturgia, somos conduzidos a reconhecer a glória da Trindade e a adorar a sua Unidade onipotente (Oração Coleta da Solenidade da Santíssima Trindade).

A Liturgia da Palavra deste domingo (04.06.2023), Mistério da Trindade, recorda-nos que Deus, em Jesus Cristo, se revela como esse Pai que é amor (cf. Jo 3,16) e nos envia seu Filho em vista da nossa salvação (cf. Jo 3,17) e nos santifica por seu Santo Espírito (cf. II Cor 13,13). Notoriamente, percebe-se que há um movimento de amor entre as Pessoas da Santíssima Trindade, há uma verdadeira comunhão e solidariedade. Esse movimento faz com que a Igreja viva como ícone da Trindade (São Cipriano de Cartago – Séc. III) e viva a partir dessa comunhão de amor e solidária compaixão que Lhe são próprias. Desse modo, entendemos o que é ser uma Igreja sinodal, já que “A comunidade cristã é constituída por homens que, reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito em seu peregrinar para o reino do Pai” (Gaudium et Spes, n. 1).

Retomando a imagem dos pais e dos avós, que, tais quais peregrinos, vão à Igreja e, ao chegar, ensinam suas crianças a traçarem sobre si o sinal-da-cruz, notamos, pelo gesto simples, mas carregado de simbolismo, que o Mistério da Trindade é para ser vivido, especialmente em comunidade. Ao experimentar e conhecer o Mistério da Trindade, cada vez mais vamos adquirindo condições para anunciá-Lo aos irmãos, como modelo de um caminho que pode ser percorrido por todos. A criança, ao repetir o gesto ensinado pelos seus, por vezes o faz de modo “desengonçado”, mas tudo não passa de um aprendizado. Assim somos nós, cristãos batizados. Estamos em constante processo de aprendizagem. Vamos, ao longo do belo caminho eclesial e sinodal, procurando nos aperfeiçoar, tal qual a Trindade em que fomos marcados e imersos nos educa e ensina.

Pe. Cleydson Rafael Nery Rodrigues
Equipe Arquidiocese em Missão
Arquidiocese de Montes Claros

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Arcebispo Metropolitano de Montes Claros (MG)

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