É costume, por ocasião da Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, que nossas comunidades promovam a coleta conhecida como Óbolo de São Pedro. Este ano a coleta será realizada nos dias 29 e 30 de junho, respectivamente sábado e domingo. Todas as comunidades e paróquias, igrejas e capelas são chamadas à generosidade que expressa a comunhão com o Santo Padre, o Papa Francisco. O chamado Óbolo de São Pedro é uma prática muito antiga que chegou até nossos dias. A prática de sustentar materialmente aqueles que têm a missão de anunciar o Evangelho nasceu com o próprio cristianismo, a fim de poderem entregar-se inteiramente ao seu ministério, tomando cuidado também dos mais necessitados (cf. At 4,34; 11,29). Doar ao Óbolo de São Pedro é, também, um sinal de solidariedade. Pode-se dizer que a coleta é um modo de colaborarmos com o Papa para que ele exerça a caridade em nome de todos os católicos em diversas partes do mundo.
Leia a íntegra da carta escrita por dom João Justino, falando ao povo de Deus de nossa Arquidiocese, a importância da coleta do Óbulo de São Pedro para nossa Igreja.
Carta sobre Óbulo de São Pedro
COMO NASCEU ESSA COLETA? A Igreja realiza uma coleta denominada óbolo de São Pedro, destinada às necessidades da Igreja Universal cujo cuidado afeta prioritariamente aquele com quem todos estamos em comunhão, a quem foi conferida a missão de confirmar os seus irmãos. Com efeito, Jesus disse a Pedro: “E tu, uma vez convertido, confirma teus irmãos” (cf. Lc22,32). Esta coleta nasceu com iniciativa de anglo-saxões no século VIII para que, na unidade da Igreja sob o Papa, pudesse ela manter-se e cumprir também, organizadamente, sua missão. Rapidamente se espalhou pelos demais países da Europa. Como outras semelhantes, passou por muitas vicissitudes diversas ao longo dos séculos até que foi consagrada pelo Papa Pio IX através da sua Encíclica Saepe venerabilis, de 5 de Agosto de 1871. No Brasil nós destinamos as coletas das missas da solenidade de São Pedro e São Paulo para essa finalidade.
São Paulo, dirigindo-se aos Coríntios nos exorta: “Que cada um dê conforme decidiu em seu coração, não com tristeza ou por obrigação, pois Deus ama a quem dá com alegria” (cf. Cor 9,7). Assim, pertencemos a uma comunidade que crê, que vive a sua fé na união fraterna da caridade e que recebeu de Deus a missão de levar a Boa Nova ao mundo. Dentro desta conscientização, deve ser recebida com alegria todas as iniciativas e atividades que nos levem a vivê-la. Os Papas anteriores a Francisco, já haviam mencionado a respeito do óbolo de São Pedro: o Papa Bento XVI houve por bem pôr em relevo o significado particular do Óbolo com estas palavras: “O “Óbolo de São Pedro” é a expressão mais emblemática da participação de todos os fiéis nas iniciativas de caridade do Bispo de Roma a bem da Igreja universal. Trata-se de um gesto que se reveste de valor não apenas prático, mas também profundamente simbólico enquanto sinal de comunhão com o Papa e de atenção às necessidades dos irmãos; por isso, o vosso serviço possui um valor retintamente eclesial” (Discurso aos Sócios do Círculo de São Pedro, 25 de fevereiro de 2006). Já o Papa São João Paulo II: “Conheceis as crescentes necessidades do apostolado, as carências das Comunidades eclesiais especialmente em terras de missão, os pedidos de ajuda que chegam de populações, indivíduos e famílias que vivem em precárias condições. Muitos esperam da Sé Apostólica uma ajuda que, muitas vezes, não conseguem encontrar noutro lugar. Vistas assim as coisas, o Óbolo constitui uma verdadeira e particular participação na ação evangelizadora, especialmente se se consideram o sentido e a importância de partilhar concretamente as solicitudes da Igreja universal” (São João Paulo II ao Círculo de São Pedro, 28 de fevereiro de 2003).
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