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Arquidiocese realizará formação on-line sobre Campanha da Fraternidade 2023

Através do Vicariato para a Ação Social, a Arquidiocese de Montes Claros realiza de forma on-line a formação sobre a Campanha da Fraternidade 2023, cujo tema é “Fraternidade e Fome” e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer!” (Mt 14,16). A formação acontece na noite do dia 15 de fevereiro de 2023, a partir das 20h e poderá ser acompanhada pelo Youtube e Facebook da Arquidiocese de Montes Claros.

Segundo o padre Jair Pereira da Silva, vigário para a Ação Social e pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus em Bocaiuva, “durante a formação será oferecida uma reflexão sobre a temática da fome sob as óticas dos dados atualizados sobre a realidade no Brasil, à luz da fé e da doutrina da Igreja e na perspectiva da ação pastoral para o enfrentamento do problema em nossa região”.

O tema da fome será abordado pela terceira vez pela Igreja no Brasil em uma Campanha da Fraternidade. De acordo com o padre Jair, a formação vai contar com a colaboração do padre Anésio Ferla da Congregação Pobres Servos da Divina Providência (PSDP). Ele é doutor em Teologia Moral – Bioética, pela Academia Alfonsiana, Roma, e pós-graduado em Pastoral, pela FAJE, BH. É membro da equipe de coordenação da Campanha da Fraternidade 2023.

Campanha da Fraternidade 2023

Na apresentação do Texto-Base da Campanha da Fraternidade (CF) 2023 cujo tema é “Fraternidade e Fome” e o lema bíblico inspirador “Dai-lhes vós mesmos de comer!” (Mt 14,16), a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) chama a atenção que “a Campanha da Fraternidade é o modo brasileiro de celebrar a Quaresma”. O convite, portanto, é para “viver a Quaresma à luz da Campanha da Fraternidade e viver a Campanha da Fraternidade em espírito de conversão pessoal, comunitária e social”.

Nós cristãos, que temos fome de Deus, somos convidados a refletir sobre o tema da fome”. A motivação é do bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado. Segundo dom Joel, a próxima CF convida a perguntar, no espírito quaresmal, “por que muitas pessoas na face da terra experimentam o flagelo da fome”.

A Igreja e a fome no Brasil

A falta de acesso regular a uma alimentação adequada por grande parte da população brasileira tem sido um dos principais desafios enfrentados pela sociedade ao longo dos últimos anos. O país havia saído do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014, por meio de estratégias de segurança alimentar e nutricional aplicadas desde meados da década de 1990. Mas voltou a figurar no cenário a partir de 2015, obtendo um especial agravamento ao longo da pandemia de Covid-19 que afetou o mundo todo por dois anos a partir de 2020.

Em 2022, o Segundo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil apontou que 33,1 milhões de pessoas não têm garantido o que comer — o que representa 14 milhões de novos brasileiros em situação de fome. Conforme o estudo, mais da metade (58,7%) da população brasileira convive com a insegurança alimentar em algum grau: leve, moderado ou grave.(Fonte: Agência Senado)

Cartaz CF 1985

O tema da fome foi abordado na Campanha da Fraternidade de 1985. Dois grandes eventos marcaram a Igreja no Brasil em 1985: a realização do 11º congresso Eucarístico Nacional realizado em Aparecida (SP) e a Campanha da Fraternidade. Ambas as iniciativas receberam o mesmo lema “pão para quem tem fome”. Um dos grandes temas refletidos foi o cenário da fome apresentado como “um problema crucial”.

“Quase 40 anos depois contemplamos um triste e semelhante cenário. A cada dia fica mais evidente que a pandemia sanitária da Covid-19 agravou a situação de insegurança e vulnerabilidade social”, reforça o secretário-executivo de Campanhas e subsecretário-adjunto geral interino da CNBB, padre Patriky Samuel Batista.

Na Fratelli Tutti, o Papa Francisco fala do escândalo da fome e chama o atual sistema de assassino: “As crises sociais, políticas e econômicas fazem morrer à fome milhões de crianças, já reduzidas a esqueletos humanos por causa da pobreza e da fome; reina um inaceitável silêncio internacional”(n.29).

O Santo Padre adverte ainda que “a política mundial não pode deixar de colocar entre seus objetivos principais e irrenunciáveis o eliminar efetivamente a fome. Com efeito, quando a especulação financeira condiciona o preço dos alimentos, tratando-os como uma mercadora qualquer, milhões de pessoas sofrem e morrem de fome… a fome é criminosa e a alimentação é um direito inalienável”(n.189)

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* Com informações: CNBB 
**Fabíola Lauton – Comunicação Arquidiocese de Montes Claros
(38) 9 8423-8384 ou pelo e-mail: [email protected]

Artigos de Dom João Justino

Arcebispo Metropolitano de Montes Claros (MG)

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