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“Mineração aqui não!” Protesto em Vale das Cancelas será no próximo sábado, (16/02)

Integrantes das comunidades de Vale das Cancelas, organizam ato público de resistência à implantação da mineradora SAM Metais na região. As comunidades convidam para o “Ato Público em Defesa da Vida contra a Mineradora SAM”. A mobilização será no próximo sábado (16/02), às 8h, no Distrito de Vale das Cancelas, BR-251, KM 376, Município de Grão Mogol. “Mineração aqui não!”, protestam as comunidades.

Esse é o clamor pelas redes sociais daqueles que estão na luta para preservar as comunidades que serão prejudicadas, caso a mineradora consiga a licença ambiental. De acordo com Luzia Alane Rodrigues, uma das organizadores do manifesto, desde 2010 a mineradora Sul Americana de Metais (SAM) vem tentando reiterada vezes o processo de licenciamento ambiental do Projeto Vale do Rio Pardo que originou o atual Projeto Bloco 8 que está sendo analisado pelo Governo do Estado de Minas Gerais para licenciamento.

“As famílias do Território Tradicional de Vale das Cancelas, tem resistido à presença e tentativa da instalação da empresa no território. Em Grão Mogol, a SAM quer criar um novo polo de exploração de minério (como é a região de Brumadinho e de Conceição do Mato Dentro, onde existem várias minas em operação) e estabelecer o primeiro de uma série de grandes projetos de mineração”, esclareceu Luzia.

“O Projeto Bloco 8 vai produzir 1 bilhão e 500 milhões de toneladas de rejeito de minério. Para armazenar tudo isso, a SAM pretende construir duas barragens de rejeito que, juntas, ocuparão uma área de 762 hectares, ou seja, uma das maiores do Brasil. Será quase 30 vezes maior do que a barragem que rompeu na cidade de Brumadinho em janeiro/2019”. A mulher revela ainda que, quando instalado, o projeto vai ficar em uma região onde hoje estão as comunidades de Batalha, Córrego do Vale, Lamarão e São Francisco, e que praticamente, deixarão de existir. A SAM tem divulgado a geração de empregos e a construção da barragem do Rio Vacaria, mas, o que ela não diz é que a barragem do Rio Vacaria vai ocupar uma área de 757,7 hectares.  Abrangendo a região onde estão localizadas as comunidades de Diamantina, Vaquejador, Ribeirãozinho, Miroró, Tamboril e Ribeirão do Jequi”.

Ainda de acordo com a integrante da Comissão Pastoral da Terra da Arquidiocese de Montes Claros (CPT), Luzia Alana afirma que a SAM também não fala dos outros impactos que a mineração causará na região, como as mudanças nas propriedades físicas e químicas do solo, os córregos e rios ficarão assoreados, o ar e a água vão ser contaminados, o uso de máquinas e explosivos para exploração da mina. “Essas explosões por exemplo, vão gerar muito barulho, vibrações que colocarão em risco nossas casas, várias espécies de plantas, animais e peixes deixarão de existir na região.  O cerrado será ainda mais destruído, o modo de vida das comunidades será alterado, pessoas e famílias inteiras terão que deixar suas casas e as comunidades onde sempre viveram, destruindo seus vínculos comunitários, comunidades inteiras ficarão isoladas, a poeira e o barulho gerados vão afetar a saúde das pessoas. Esse projeto vai trazer muito mais coisas ruins do que boas para a nossa região”, alerta.

Sua fala é finalizada com o convite para que todos se juntem às comunidades que se mobilizam e organizam o Ato Público deste sábado dia 16 de fevereiro, no Distrito de Vale das Cancelas. As Comunidades são acompanhadas pela CPT – Comissão Pastoral da Terra (Arquidiocese de Montes Claros) e pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

Contato para imprensa Luzia Alane  3016 7707 – 9 9113-3885

*Imagem divulgação internet

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***Viviane Carvalho – Assessoria de Imprensa Arquidiocese de Montes Claros (38) 99905-1346 (38) 9 8423-8384 ou pelo e-mail: [email protected]

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