“O que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia”. (Jo 6, 55-59).
Cada vez que o sacerdote renova o Sacrifício Eucarístico na oração da Consagração, ele empresta sua voz, as mãos e o coração a Cristo, que quis permanecer conosco e ser o coração da Igreja. Na Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, a Igreja nos convida a contemplar o mistério supremo da nossa fé: a Santíssima Eucaristia, presença real do Senhor Jesus Cristo no Sacramento do Altar.
A festa de Corpus Christi nos leva ao século XIII. Mesmo sendo celebrado em cada missa, a Igreja Católica criou uma data para que o Corpo de Cristo pudesse ser especialmente lembrado. A justificativa vem de Liège, na Bélgica, onde no ano de 1243, uma freira chamada Juliana tendo visões nas quais Cristo revelava seu desejo de ver a Eucaristia ser festejada e reconhecida separadamente. Anos mais tarde o papa Urbano IV consagrou a festa para toda a Igreja por meio da Bula “Transiturus”, de 11 de agosto de 1264.
Nesta data, os fieis reproduzem a tradição de fazer procissões pelas ruas, caminhando sobre um colorido tapete confeccionado a partir de materiais diversos: flores, serragem, farinha, folhas, areia. Esse costume chegou ao Brasil com os colonizadores portugueses. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus rumo à Terra Prometida. A procissão solene constitui o testemunho público da piedade do povo cristão para o Santíssimo Sacramento. Neste dia, o Senhor toma posse das ruas e praças.
DATA MÓVEL: É celebrada sempre na quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade, que por sua vez, acontece após o domingo de Pentecostes, ou seja, 60 dias após a Páscoa. A comemoração do Corpus Christi acontece sempre em uma quinta-feira, em referência à Quinta-Feira Santa, quando aconteceu a última ceia de Jesus com seus apóstolos. Nesta passagem, Cristo entrega simbolicamente sua vida a Deus e à humanidade. A celebração da Eucaristia é, assim, a forma de reconhecer que Jesus continua vivo em meio à comunidade cristã.
Na Arquidiocese de Montes Claros, a celebração ocorreu em diversos momentos (horários diferentes e a nível de setor e paróquia). Assim, toda a comunidade católica teve a oportunidade de ir para a procissão e Missa de acordo com os horários adequados para cada realidade vivida.
Na Região Pastoral 2 que compreendem as Paróquias (Santa Rita, N.S.da Conceição e São José, Nossa Senhora Aparecida, Perpétuo Socorro e Sagrado Coração de Jesus) a celebração reuniu mais de 3mil fiéis de acordo com agentes da MCTrans.
O gesto encontrado pela Paróquia Nossa Senhora da Conceição e São José (conhecida popularmente na cidade como Igreja Matriz) foi a confecção de cobertores que serviram como “Tapetes” para a passagem do Santíssimo Sacramento que em seguida serão lavados e doados aos mais necessitados neste frio que já inicia em nossa região.
Pelas ruas centrais fiéis cantaram e rezaram até chegarem à Catedral onde ocorreu a benção do Santíssimo Sacramento. Balões foram soltados ao vento e pétalas de rosas caíram sobre a multidão que lotaram a praça da Catedral.
Dom José Alberto Moura, arcebispo metropolitano falou a responsabilidade de cada cristão como cidadão. Preces orientadas pela CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil também foram lidas à pedido dos Bispos na intenção da Jornada de Oração pelo Brasil.
Durante a homilia ainda na Praça da Matriz, destacou dom José: “Na Eucaristia temos que fazer um ato de fé. Se vivermos da Eucaristia aceitamos que Cristo é o regente da própria vida. Devemos nos alimentar da Eucaristia para termos a força para nos levar a convivência de celebrar o convívio. A Eucaristia nos faz olhar para a realidade que está aí. Temos força para vencer e dar vida. O milagre acontece através de nós”.
Dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo coadjutor presidiu celebração na cidade de Coração de Jesus na Festa do Padroeiro da Paróquia que recebe o nome do Município. Uma acolhida fervorosa, a celebração foi recheada de surpresas e a procissão marcada pela fé e religiosidade do povo corjesuense.
Colaboração de Texto: Inês de Brito – PASCOM Arquidiocese de Montes Claros.
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