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Arquidiocese de Montes Claros se prepara para Ordenação Diaconal de Jéferson de Jesus Teixeira

A Arquidiocese de Montes Claros se prepara para receber mais um diácono transitório. No próximo sábado, dia 26 de agosto, dentro da Celebração do 3º Ano Vocacional, a Arquidiocese terá a alegria de celebrar a ordenação diaconal do Seminarista Jéferson de Jesus Teixeira. A cerimônia terá lugar na Igreja Matriz de São Sebastião, localizada em Capitão Enéas-MG, onde Jéferson atualmente vivencia o Ano Pastoral da Formação Presbiteral.

A ordenação diaconal é um marco importante na jornada de formação de Jéferson, que está prestes a dar mais um passo em direção ao sacerdócio. A ocasião será transmitida ao vivo pelo Youtube da Arquidiocese de Montes Claros e também pelo canal da Paróquia São Sebastião, permitindo que os fiéis e amigos possam compartilhar esse momento especial, mesmo que à distância.

Uma vocação marcada pelo encontro pessoal com o Senhor do Bonfim 

Nascido na cidade de Bocaiuva-MG, no dia 12 de fevereiro de 1997, Jéferson de Jesus Teixeira é o filho mais velho de Romildo dos Santos Teixeira e de Natalina Maria de Jesus Teixeira.

Jéferson, ao contar sua história, compartilha sua jornada de fé e chamado. Ele cresceu em um ambiente marcado pela hospitalidade e pela profunda devoção ao Senhor do Bonfim de Bocaiuva. Desde cedo, Jéferson foi influenciado pelos ensinamentos de seus pais e avó, compreendendo que a caminhada de fé é um constante encontro com Deus:

“Na experiência de fé, apreendida dos meus pais e por minha vó, fui compreendendo e internalizando que na caminhada de fé há de cultivar-se a convicção de que somos amados e, porque amados, chamados por Deus. Esta convicção nasce da experiência do encontro pessoal com Cristo, isto é, não um encontro com uma ideia ou abstração, mas o encontro com uma Pessoa, Jesus Cristo.”

Jéferson ressalta que “Na dinâmica do encontro e da experiência pessoal com Jesus, não somos nós quem estamos a procurá-lo, antes é Ele, por Graça gratuita, quem antecipa a nós, nos alcança e, com Misericórdia, nos elege, nos chama. Quando menos esperamos, somos surpreendidos por sua presença que nos desinstala, interpela e impulsiona a querer correspondê-lo com uma resposta generosa de amor e disponibilidade”.

A decisão de Jéferson de seguir o caminho do sacerdócio foi permeada por momentos de discernimento e resistência. No entanto, ao longo de sua trajetória, ele reconhece o chamado constante de Deus em sua vida, guiando-o em direção ao seminário e ao ministério ordenado. Sua família, mesmo com hesitações iniciais, compreendeu e apoiou sua escolha:

“À vista disso, compreendo que foi o Senhor quem alcançou-me e, por Graça, impulsionou-me a querer seguí-lo de modo mais próximo. Foi o Senhor quem alcançou-me quando morando temporariamente com minha vó paterna, aos 5-6 anos, comecei a participar dos Círculos Bíblicos, Apostolado de Oração e Legião de Maria da Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Bocaiuva/MG. A experiência comunitária da fé, por meios das pastorais e movimentos, sempre foi marcante em minha vida. Ouso dizer que fui encontrado, fiz a experiência de fé, nos encontros que participava no seio da Comunidade Eclesial. Estes me fizeram compreender que de fato, como nos atesta o apóstolo Paulo: “a fé vem da pregação e a pregação é a Palavra de Deus” (Rm 10,17). A fé é a semente plantada em nossos corações que advém de fora, pela pregação e testemunho. Logo, os sentidos são de fundamental importância nesse processo propedêutico da fé, pois são por eles: pela escuta atenta, pela beleza das liturgias, pelo perfume do incenso que sobe à Deus, pelo afeto e laços criados na comunidade que a fé nos alcança. É evidente, sentidos que vão sendo purificados pela fé a medida em que vai se aprofundando a experiência de fé, em consequência, alcançando a sua maturidade”.

Ele destaca a importância da comunidade e da música sacra em sua jornada, mencionando como a música o aproximou ainda mais de Deus e como sua participação nas pastorais e movimentos da comunidade o enriqueceu espiritualmente:

“Como foi dito, a experiência de Deus me foi propiciada no seio da Comunidade Eclesial. Nesta, de maneira preponderante, destaco a importância da música, a qual marcou-me e levou-me a compreensão que na verdade é Deus quem nos marca com sua canção. Sem sombra de dúvidas, a música é o meio privilegiado pela qual se faz a experiência do encontro com Deus. Por ela, nossos corações são elevados junto ao de Deus. Assim, a música marcou-me no início da caminhada cristã e, sobretudo, quando percebi o apelo de Deus em meu coração de segui-lo de modo mais específico”.

“Nessa época eu era coroinha da Paróquia Senhor do Bonfim – Bocaiuva/MG, na qual iniciei a fazer missões às comunidades rurais afim de implantar o ministério de servidores do altar. Em uma dessas missões, na Comunidade de Dolabela, ao participar da Santa Missa, sobretudo, no momento da Pós-Comunhão, ao ser cantada a música “Canção de Pedro”, senti um forte apelo do Senhor em meu coração com o seguinte questionamento: Já pensou em ser Padre?! A princípio fui resistente, afinal, era muito jovem. Por isso, continuei com meu serviço ao altar, sendo coroinha, e focando nos estudos, pois tinha o sonho de cursar psicologia”.

“No entanto, o Senhor nos surpreende pelo caminho. Através de um amigo, hoje padre, fui incentivado a estar fazendo com o ele os encontros vocacionais. Naquele contexto, havia por parte do SAV da Arquidiocese – Serviço de Animação Vocacional – vigílias vocacionais. E uma dessas vigílias aconteceu, justamente, na Paróquia do Sagrada Coração. Lembro que entusiasmado participei deste momento oracional e, mais uma vez, ao cantar a canção “Deus imenso” retornou a inquietação em querer doar-me radicalmente ao Senhor”.

“Pois bem, fiz os encontros vocacionais, também passei no curso que queria, porém falou mais alto ao coração ir para o seminário. Com isso, fui entendendo que não obstante as minhas limitações, contradições e fragilidades, Ele quis contar comigo. Ele quer contar conosco… E eu, no uso de minha liberdade, deixei-me seduzir por Ele e, assim, iniciar um caminho de acompanhamento e discernimento vocacional rumo ao ministério ordenado. Minha família, a princípio, foi resistente, porém com o tempo foi compreendendo a minha escolha e o propósito de Deus em minha vida”.

Neste momento de ordenação diaconal, Jéferson compreende que está entrando em uma nova fase de sua vocação, na qual ele será chamado a ser um sinal e instrumento do amor solidário de Deus. Sua jornada de fé e discernimento serve como testemunho inspirador para outros jovens que também estão em busca de seu propósito e chamado na vida.

“Poderíamos questionar: Como Deus chama a partir da sensibilidade dos sentidos? Hoje percebo que Deus chama a partir da experiência de fé, do encontro pessoal que um dia foi feito com Ele. Encontro que embora diferente de pessoa para cada pessoa, é o próprio Senhor que vem e se antecipa ao nosso Encontro. Encontro que perpassa por toda a nossa existência e sentidos, e, por isso, deixa a sua marca, o seu apelo. Em meu processo de discernimento vocacional ficou claro a mim a importância de nunca perder de vista o ponto de partida, já dizia Santa Clara de Assis. O ponto de partida é justamente a experiência fundante que, ao longo do processo formativo, vai sendo aprofundada e, também, atualizada. Sem sombra de dúvidas, Deus marcou-me com sua canção. Deus nos marca com seus apelos e nós precisamos pedi-lo a graça da sensibilidade para compreender seus sinais…”

O lema escolhido por Jéferson para marcar sua ordenação é inspirador: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lucas 10,33-34). Este lema reflete a essência do serviço diaconal, que é guiado pelo amor, compaixão e cuidado pelos mais necessitados, seguindo o exemplo de Jesus Cristo.

Ao acompanhar a ordenação diaconal do Seminarista Jéferson de Jesus Teixeira, a Arquidiocese de Montes Claros celebra não apenas a sua vocação, mas também a jornada de todos os fiéis que, como Jéferson, são chamados a seguir Cristo de perto e servir ao próximo com amor e compaixão. Que a ordenação diaconal do Jéferson seja um símbolo duradouro de esperança, serviço e inspiração para todos nós.

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**Fabíola Lauton – Comunicação Arquidiocese de Montes Claros
(38) 9 8423-8384 ou pelo e-mail: [email protected]

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Arcebispo Metropolitano de Montes Claros (MG)

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