A Arquidiocese de Montes Claros (MG) terá seu primeiro santuário, o Santuário Arquidiocesano Senhor do Bonfim, na cidade de Bocaiuva (MG).
A instalação do Santuário acontecerá no decorrer da tradicional Festa do Senhor do Bonfim, no próximo domingo, dia 9 de julho, às 18h, durante a missa presidida pelo Arcebispo Metropolitano, dom José Carlos de Souza Campos, no Largo da Igreja Matriz do Senhor do Bonfim, Praça Cônego Maurício Gaspar, Centro, em Bocaiuva (MG).
A Programação da Festa Senhor do Bonfim é rica. As festividades começaram no dia 30 de junho e seguirão até o dia 16 de julho, uma programação de devoção e fervor. Todos os dias, a partir das 5h30 da manhã, os fiéis são despertados pela alvorada, dando início às atividades sagradas de cada dia. As missas, batizados, terços marianos e terços da misericórdia fazem parte da rotina diária dos devotos. Entretanto, o ponto alto será a celebração da Instalação Canônica do Santuário Arquidiocesano do Senhor do Bonfim.
Os santuários são reconhecidos centros de evangelização, ambientes que promovem a cultura, a acolhida e o amparo, de modo coerente com o compromisso cristão de Proclamar a Palavra de Deus.
Para o arcebispo de Montes Claros, dom José Carlos de Souza Campos: “A missão desse nosso Primeiro Santuário Arquidiocesano, que é a Matriz da Paróquia do Senhor do Bonfim em Bocaiuva, é de fato ser um centro forte, diferenciado de espiritualidade, sobretudo de espiritualidade litúrgica. Neste santuário se deve celebrar bem, celebrar muito, celebrar com piedade, de modo que o mistério celebrado seja a força, o ânimo de todos aqueles que vierem ao Santuário como romeiros, como peregrinos”.
Dom José Carlos deseja que o Santuário seja um templo sagrado para toda a Arquidiocese. “O que nós esperamos desse primeiro Santuário é que seja de fato um ponto para onde acorra toda a nossa Arquidiocese em algum momento”, afirma o arcebispo.
Com as bênçãos do Senhor do Bonfim, a Arquidiocese de Montes Claros terá seu Primeiro Santuário
Foi em torno da piedade popular que a devoção ao Senhor do Bonfim se espalhou pela região onde hoje se encontra o munícipio de Bocaiuva. “A piedade popular é uma maneira legítima de viver a fé, um modo de se sentir parte da Igreja e uma forma de ser missionários”, afirma o Documento de Aparecida, fruto da 5ª Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe (CELAM).
A veneração ao Senhor do Bonfim se mantem viva a mais de 260 anos em Bocaíuva atraindo peregrinos ao longo de cada ano, de forma especial na sua festa.
Ao observar esta devoção, o então arcebispo de Montes Claros, dom João Justino de Medeiros Silva percebeu algo que para ele era óbvio, estava mais do que na hora de transformar aquele local em um santuário, favorecendo assim a rica e profunda religiosidade popular, em unidade com a Igreja na América Latina chamada a promovê-la e a protegê-la como precioso tesouro.

Na Carta de anúncio da criação e instalação do Santuário Arquidiocesano Senhor do Bonfim em Bocaiúva, dom João Justino relata que nos quatro anos em que esteve na Arquidiocese de Montes Claros, “por meio da escuta, da atenta observação, da oração, de diálogos e do discernimento”, cresceu a convicção de que é não só oportuno, mas necessário e urgente estabelecer a Igreja Senhor do Bonfim, em Bocaiuva, como Santuário Arquidiocesano.
Depois que assumiu o governo da Arquidiocese de Montes Claros e tendo visitado e celebrado duas vezes na cidade de Bocaiuva, dom José Carlos, diz ter percebido “de fato um amor e uma piedade muito grandes” nos fiéis desta cidade. O atual arcebispo de Montes Claros acrescentou: “Isso é muito bonito. Se Jesus é de fato o centro da fé, o autor e o consumador da nossa fé, o ponto central da nossa experiência religiosa, então podemos dizer que ali, naquele Santuário que será constituído, neste domingo, ali se vê de fato um amor grande a Jesus, um afeto grande a Jesus, uma fé bonita, dirigida na direção de Jesus”.
Sobre uma de suas visitas à Bocaiuva, onde celebrou na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, dom José afirmou: ”Já disse lá outra vez, visitando a outra paróquia, que Bocaiuva é uma cidade cristológicas. Um Santuário dedicado ao Bom Jesus, a outra paróquia dedicada ao Coração de Jesus, do outro lado da via, há uma grande estátua de Jesus Misericordioso. Então é uma cidade cristológicas. Isso, digamos, obriga esta boa gente de Bocaiuva a cultivar mais e melhor os sentimentos de Jesus, de modo que estejam, digamos assim, discípulos por excelência, discípulos exemplares. De maneira que aqueles que acorrerem a Bocaiuva para visitar o santuário encontre aqui em pessoas, conformadas a Jesus, discípulos que se esforçaram para seguir O Mestre, viver e ser como O Mestre ensinou”.
Para dom João Justino, o santuário é um lugar especial para ação evangelizadora. “Sua missão é ser lugar privilegiado e extraordinário da acolhida de todos, para a escuta da Palavra de Deus, proclamada, aprendida, celebrada e exercitada com o intuito de fomentar a cultura da escuta de Deus, dos outros e de si mesmo, abrindo novos caminhos e compromissos com os valores do Evangelho e renovando os corações de discípulos missionários”.
Dom José Carlos almeja que o Primeiro Santuário Arquidiocesano “seja um lugar precioso e bendito onde se celebra a Eucaristia, onde se celebra o Sacramento da Confissão, onde se possa fazer adoração ao Santíssimo Sacramento, onde se possa rezar o santo terço, como expressão também de amor filial a Maria, onde se possam viver as práticas de piedade, enfim, onde a vida de fé seja estimulada e alimentada pela oração e pelos sacramentos”.
O Documento de Aparecida também aponta a importância evangelizadora e missionária dos santuários. “O caminhar juntos para os santuários e o participar em outras manifestações da piedade popular, levando também os filhos ou convidando a outras pessoas, é em si mesmo um gesto evangelizador pelo qual o povo cristão evangeliza a si mesmo e cumpre a vocação missionária da Igreja”.
A devoção portuguesa ao Senhor do Bonfim chega ao sertão do Norte de Minas

A cidade portuguesa de Setúbal foi onde se originou a devoção ao Senhor do Bonfim. No final do século XVII foi encontrada uma imagem do Crucificado de cerca de um metro flutuando em um rio. Os moradores do local logo começaram a venerar aquela imagem do Cristo.
De acordo com o historiador bocaiuvense, padre Pedro Henrique da Cruz, ao contrário do que muitos pensam o termo “bonfim” não está relacionado a uma boa morte, mas a um bom lugar para ser colocada a imagem. O local encontrado foi uma capela dedicada ao Anjo da Guarda, que passou a ser dedicada ao Nosso Senhor do Bonfim.
A devoção foi crescendo e começaram a aparecer peregrinos vindo de vários lugares de Portugal, entre elas pessoas ilustres, como conta padre Pedro Henrique: “Dentre esses peregrinos e devotos o mais famoso era o príncipe de Portugal Dom João V que suplicou ao Senhor do Bonfim pela saúde do seu pai Dom Pedro, ao alcançar a graça, o príncipe português acabou por fomentar ainda mais a devoção”.
Os milagres e graças atribuídos ao Senhor do Bonfim fizeram com que a devoção se espalhasse chegando até o Brasil, na época da colônia portuguesa.
A primeira igreja dedicada ao Senhor do Bonfim foi construída em Salvador (BA) em meados do século XVIII.
Essa devoção foi introduzida no país por Theodósio Rodrigues de Faria, capitão de mar e guerra da Marinha portuguesa. Durante uma tempestade marítima, ele prometeu ao Senhor
do Bonfim que, caso sobrevivesse, traria uma réplica da imagem encontrada em Setúbal para o Brasil. O pedido foi atendido e a promessa foi cumprida.
Da Bahia a devoção foi adentrando o país. Duas décadas após a primeira imagem chegar ao Brasil, já se achava construída em Bocaiúva uma capela em honra ao Senhor do Bonfim, onde se venerava uma pequena imagem de origem baiana. O terreno foi doado por dona Antônia Leite Pereira e senhor Faustino Leite Pereira, para a formação do patrimônio do Senhor do Bonfim.
À medida em que o povoado crescia, a capela também precisou ser aumentada, havendo então a necessidade de uma imagem maior. Com esta finalidade, outra imagem do Senhor do Bonfim em tamanho maior, foi esculpida nas oficinas de São João del Rei. Em 1845, a Igreja do Senhor do Bonfim de Bocaiúva foi elevada à Paróquia.
A devoção dos bocaiuvenses ao Senhor do Bonfim

A cidade de Bocaiuva nasceu do povoado formado ao redor da capela que abrigava a imagem do Senhor do Bonfim, gerando uma peregrinação que deu origem a Festa, que reúne cerca de 150 mil pessoas, conforme levantamento da Polícia Militar. Todos os anos, romarias se dirigem para Bocaiuva, por ocasião da sua festa.
Para o padre Pedro Henrique Cruz “cada manifestação de fé ganha um tom local” e em Bocaiuva a devoção ao Senhor do Bonfim tem características próprias. O sacerdote destaca que o local “é privilegiado por ter sido escolhido pelo Senhor do Bonfim, ele é a coluna da cidade”.
São muitos os votos e promessas feitos ao Senhor do Bonfim e muitas graças são alcançadas. Por isso a “devoção não fica limitada ao território de Bocaiuva, ela se estende pela região como um todo”, afirma padre Pedro Henrique.
O sacerdote e historiador bocaiuvense ressalta que o povo tem sido o grande guardião dessa fé. “A devoção não se esvazia, pode mudar muita coisa como em 1979, quando foi destruída a igreja antiga, que é a maior dor dos moradores de Bocaiuva. Por causa dessa grande perda o povo tem medo de outras perdas por isso eles guardam com amor e zelo a devoção ao Senhor do Bonfim”.
Para o estudante Danilo Rafael Pereira Ferreira, 30 anos, o Senhor do Bonfim representa um ponto de amor em sua vida, um amigo: “É uma amizade, e como toda amizade, demanda cultivo, portanto, às vezes estou mais próximo, outras, mais distante, mas sempre com a certeza de que Ele está de braços abertos me aguardando”.
O bocaiuvense Danilo Rafael ressalta que é uma grande graça saber que é amado de forma incondicional pelo Senhor do Bonfim “e sabendo-se amado, permitir que Ele reine sobre as minhas vontades e meu coração”. Para o estudante o Senhor do Bonfim faz parte da identidade de Bocaiuva e “é a certeza de um povo que sabe ser amado e encontrou seu lugar”.
A imagem do Senhor do Bonfim para Adrianna Pereira Alves Camilo, de 28 anos, lhe dá esperança; “eu olho para imagem e consigo forças através dela para não desistir, por mais difícil que esteja a situação eu tenho forças para seguir em frente”, conta a jovem.
O futuro Santuário do Senhor do Bonfim faz parte da história da família de Adrianna. Foi o lugar onde os seus pais se uniram em matrimônio e onde ela recebeu os sacramentos de iniciação cristã. Mesmo sendo criada em um lar católico, houve um tempo na vida de Adrianna que ela esteve afastada. A jovem relata que sua fé foi enfraquecida, mas o Senhor do Bonfim colocou pessoas maravilhosas em sua vida que lhe deram forças para voltar para a Igreja. “Restitui minha fé e me firmei cada vez mais”. Adrianna Pereira sente orgulho em dizer que é de Bocaiuva, terra do Senhor do Bonfim. “Além de padroeiro da nossa cidade é um acolhedor que fortalece cada vez mais a nossa fé”.
Devota fervorosa do Senhor do Bonfim, a dona de casa Maria Leone Carvalho, 64 anos, vê na imagem do Senhor do Bonfim a representação de um Deus amoroso. “Todas as vezes que me dirigi a ele me senti acolhida e consegui a graça que eu pedia”, declara emocionada a paroquiana.
Dona Maria Leone conta que chegou em Bocaiuva por volta do ano de 1977 e com a sua família começou a frequentar a Igreja do Senhor do Bonfim, na época ainda era a antiga igreja, que foi derrubada após a construção da nova.
A dona de casa e o seu esposo Gentil Borges de Carvalho passaram por alguns problemas de saúde e receberam a graça da cura através do Senhor do Bonfim. O marido de Maria Leone teve uma depressão muito grave. Ela relata que o esposo estava com síndrome do pânico e em um determinado momento foi com ele diante da imagem do Senhor do Bonfim. “Eu olhei para a imagem e pedi que ele tivesse misericórdia, e compaixão de mim, que amenizasse aquela situação para que voltássemos em paz para casa e o Senhor do Bonfim me deu essa graça”.
Alguns anos depois Dona Maria Leone também passou por problemas de saúde, após vários exames os médicos não descobriam o que ela tinha. “Um certo dia, durante a festa do Senhor do Bonfim, a procissão com a sua imagem passou em frente à minha casa, eu estava com a minha irmã. Quando o Senhor do Bonfim passou a minha irmã ajoelhou e pediu a graça de descobrirem a minha enfermidade para que eu pudesse ser curada e no ano seguinte acompanhar a procissão”. Após novos exames, foi constatado que Maria Leone estava com problemas na vesícula. Além dessa doença a dona de casa também descobriu que estava com depressão. Maria Leone precisou passar por um procedimento cirúrgico por causa das complicações em sua vesícula e ficou bem de saúde, mas ainda precisava ser curada da depressão e continuou suplicando ao Senhor do Bonfim a sua cura, ela alcançou a graça e no ano seguinte estava na tradicional procissão para agradecer e testemunhar as graças alcançadas.
Os preparativos para a instalação do Santuário
Na Carta de anúncio da criação e instalação do Santuário Arquidiocesano do Senhor do Bonfim, anunciada no dia 14 de setembro de 2021, Festa da Exaltação da Santa Cruz, dom João Justino afirma que a sua implantação está inserida no contexto das Diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Montes Claros. “O Santuário seja uma fonte reparadora, qual um oásis, para nossa Arquidiocese apostar nas pequenas e múltiplas comunidades que buscarão sempre mais se alimentar da Palavra de Deus e do Pão Eucarístico para se oferecerem na caridade e na missão”.
Para o vigário paroquial da Paróquia Senhor do Bonfim, padre Cleydson Rafael Nery Rodrigues, as mudanças mais significativas com a instalação do santuário são do ponto de vista pastoral e espiritual. “Tornando-se um santuário a nossa paróquia deverá prezar especialmente pela dimensão de uma boa acolhida, pois aqui com o passar do tempo certamente acorrerá um número considerável de romeiros. No aspecto pastoral, a paróquia deverá primar especialmente pela qualidade das celebrações litúrgicas e atos devocionais, da comunicação, promoção sociocultural e cuidado com a Casa Comum”, afirma o sacerdote.
Como já se esperava, a população de Bocaiuva acolheu com entusiasmo o anúncio da criação do Santuário. Em preparação para esse momento, Pe. Cleydson Rafael destaca o incentivo da participação dos fiéis no dia 14 de cada mês; “denominamos de “Dia devocional ao Senhor do Bonfim”, iniciado em 14 de agosto de 2021.
Em cada dia devocional há uma programação especial com a celebração de Missas e outros momentos devocionais. “A participação tem sido bem expressiva em cada mês”, destaca o vigário.
De acordo com padre Cleydson Rafael, o Santuário é importante não apenas para a Arquidiocese de Montes Claros, mas para toda a Igreja em si, visto que ele congrega fiéis de longe e de perto.
Além de ser referência na evangelização a partir da cultura e do cuidado com os pobres. O sacerdote ressalta que um santuário “é um lugar onde os fiéis podem reabastecer as suas forças e ainda um espaço onde eles podem se imbuir da misericórdia a partir do Sacramento da Reconciliação e da vivência de inúmeros atos devocionais”.
Pe. Cleydson Rafael expressa a necessidade de propagar a devoção ao Senhor do Bonfim de Bocaiuva em todas as paróquias do território arquidiocesano. Bem como tornar mais conhecida a imagem do Senhor do Bonfim que se encontra na Matriz, “imagem esta que possui grande valor artístico e religioso”.
Dom João Justino exerceu papel importante ao anunciar a criação do santuário. Na carta em que comunica a criação do santuário ele expressou o desejo da instalação canônica do Santuário Arquidiocesano Senhor do Bonfim, no dia 14 de julho de 2022, por ocasião do aniversário de 134 anos de emancipação política de Bocaiuva.
No entanto, Dom João Justino, foi nomeado em dezembro de 2021, como arcebispo de Goiânia, e foi necessário esperar a chegada de um novo arcebispo para Montes Claros para que o Santuário fosse instalado.

Após sua posse canônica no dia 19 de fevereiro de 2023, dom José Carlos, celebrou no dia 23 de fevereiro de 2023, a primeira missa na Paróquia Senhor do Bonfim, onde expressou sua admiração pelas festas religiosas ali celebradas e mencionou a faixa na entrada da igreja, que pedia a construção de um santuário no local. Durante sua homilia declarou: “Irmãos e irmãs queridos, é muito bom estarmos aqui e é muito bom chegar e ouvir histórias tão edificantes acerca da fé de vocês. E da fé na direção certa, na direção de Jesus. Ele que é o autor e o consumador da nossa fé. Tido aqui no meio de vocês, como o Senhor do Bonfim.
Dom José Carlos afirmou que não iria impedir a construção do santuário e encorajou os fiéis a continuarem a trabalhar por esse objetivo, para que a Paróquia Senhor do Bonfim se torne um verdadeiro santuário que atraia ainda mais fiéis para a região.
“Não serei eu quem irá impedir que isso aconteça. Então, que chegue no tempo certo. Que chegue no tempo certo esta ocasião bendita em que esta casa não só vai ter agregada a si um título novo, mas também vai se enriquecer ainda mais de atividades litúrgicas, espirituais para que esta casa alcance o patamar de fato de um santuário, o santuário que reúne aqui nestas terras do norte mineiro milhares de pessoas que vêm de muitas partes. E fico feliz de saber que são milhares, porque os que vêm aqui estão com os olhos no Senhor Jesus.” (Dom José Carlos)
Foi em 05 de junho de 2023, que o Quarto Arcebispo de Montes Claros, Dom José Carlos de Souza Campos, anunciou a data da Instalação do Santuário Arquidiocesano Senhor do Bonfim, em Bocaiúva: em 09 de julho de 2023.
Para aqueles que ansiosos esperam a chegada do dia da instalação do Santuário Arquidiocesano Senhor do Bonfim, dom José Carlos proclama: “Eu penso que a minha parte é a parte mais fácil, mais fácil, porque antes de se instalar o Santuário e já fora criado por um decreto de dom João Justino, o que já de fato demonstra que há um processo que apenas avança, mas para além da instalação e para além da criação já realizada no passado, para mim o mais bonito, o mais importante é que isso é resultado de uma fé vivida de uma experiência religiosa bem vivida no Santuário. Não é o decreto ou a instalação que torna um santuário um lugar diferenciado. Não. Primeiro se vive uma fé diferenciada, se vive uma religião de modo de modo bonito e fecunda, a ponto de isso ser reconhecido como um lugar possível de um santuário, como é o caso daqui. Então, a criação e a instalação do Santuário são simplesmente o reconhecimento de uma bela história de fé vivida aqui nessa comunidade. Então, aos fiéis daqui e mais do que os daqui aos romeiros que vêm de longe para cá, a nossa gratidão e ao mesmo tempo nosso reconhecimento desta fé bonita, vivida e celebrada aqui”.
_____________________________________________ *Texto por: Amauri Almeida e Fabíola Lauton **Fabíola Lauton – Comunicação Arquidiocese de Montes Claros (38) 9 8423-8384 ou pelo e-mail: [email protected]