No último sábado, dia 07, o arcebispo de Montes Claros dom João Justino e a presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, deputada Leninha, estiveram reunidos com as famílias das 11 comunidades tradicionais diretamente afetadas pelo empreendimento da Sul Americana de Metais – SAM. Nem a forte chuva, tão esperada para o sertanejo, foi capaz de conter homens, mulheres, jovens e crianças presentes na escola da Comunidade do Lamarão.
Desde 2016 as comunidades vivem a expectativa de ver instalado em seu território tradicional um projeto de mineração e um mineroduto que pretende usar a água, bem tão escasso e sagrado no semiárido mineiro, servir para empurrar o minério de ferro extraído na região para o porto de Ilhéus, no Sul da Bahia. O processo de licenciamento está suspenso por decisão judicial, mas, ainda assim, a empresa mantém uma intensa agenda de visitas a prefeituras, câmaras municipais, entidades e as próprias comunidades, num processo de aproximação e até cooptação de apoios.
Atemorizados e não sem razão, os moradores das comunidades, geraizeiros, buscam orientação e, sobretudo, aliados contra a implantação do projeto que pouco ou quase nada se sabe a respeito. O Projeto Bloco 8 pretende explorar as jazidas de minério de ferro de pelo menos 11 comunidades tradicionais, como a do Lamarão, localizadas na área do empreendimento. Entre os poucos dados divulgados pela multinacional estão o investimento de 2,1 bilhões de dólares e a produção estimada de 30 milhões de toneladas de pellet feed (base úmida) por ano.
Dom João Justino e a deputada Leninha ouviram os relatos, as angústias das famílias e juntos firmaram o compromisso de defender os povos e comunidades tradicionais nessa luta tão desigual.
(Texto e imagens: Assessoria de comunicação da deputada Leninha)
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***Raphael Nery – Comunicação da Arquidiocese de Montes Claros
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